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Insuficiência cardíaca: por que ela merece atenção imediata

A insuficiência cardíaca é uma das doenças cardíacas mais comuns no mundo e, ao mesmo tempo, uma das menos compreendidas pela população. Muitas pessoas só percebem a gravidade quando já estão passando mal. Por isso, conversar sobre o tema de forma clara é fundamental. Conhecer os sintomas e seguir o tratamento corretamente pode salvar vidas e evitar internações.

A insuficiência cardíaca acontece quando o coração não consegue bombear sangue na quantidade necessária para o corpo. Isso gera falta de ar, cansaço, inchaço, palpitações e até dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia.

Por que a insuficiência cardíaca preocupa tanto?

Os números ajudam a entender o impacto dessa doença:

  • Mais de 64 milhões de pessoas vivem com insuficiência cardíaca no mundo.

  • No Brasil, entre 2 e 3 milhões convivem com o problema.

  • É uma das principais causas de internação em idosos acima de 65 anos.

  • A mortalidade anual pode chegar a 10 a 15% quando o tratamento não é seguido corretamente.

  • Após uma internação por descompensação, o risco de retorno ao hospital em até 30 dias pode ultrapassar 25%.

Apesar de ser uma condição séria, o tratamento moderno trouxe avanços importantes que reduzem significativamente esses riscos.

O tratamento moderno da insuficiência cardíaca

Hoje sabemos que o tratamento ideal combina várias medicações que atuam de maneiras diferentes para proteger o coração. O objetivo é aliviar sintomas, reduzir internações e aumentar a sobrevivência.

Os principais grupos são:

Inibidores da ECA (IECA)

Relaxam os vasos sanguíneos, reduzem a pressão sobre o coração e diminuem mortalidade. Foram durante muito tempo a base do tratamento.

Betabloqueadores

Ajudam o coração a trabalhar com menos esforço, controlam a frequência cardíaca e melhoram a função cardíaca ao longo do tempo. Também reduzem risco de morte.

Antagonistas da Aldosterona

Incluem espironolactona e eplerenona.
Diminuem retenção de líquido e têm efeito direto na remodelação do coração, protegendo contra piora da doença.

Inibidores de SGLT2

Medicamentos como dapagliflozina e empagliflozina.
São uma das maiores evoluções recentes no tratamento: reduzem internações e mortalidade, mesmo em pessoas sem diabetes.

Sacubitril/Valsartana (Entresto)

O Entresto combina dois medicamentos que agem de forma complementar.

Ele:

  • melhora a função do coração;

  • reduz sintomas;

  • diminui risco de internações e morte cardiovascular.

É considerado um grande avanço e pode substituir os inibidores da ECA em muitos casos, conforme avaliação médica.

Diuréticos como a furosemida

A furosemida remove o excesso de líquido do corpo.
Ela não altera a evolução da doença, mas é essencial para aliviar falta de ar e inchaço, especialmente em momentos de piora.

O impacto do tratamento correto

Quando seguido adequadamente, o tratamento traz resultados expressivos. A combinação ideal de medicações:

  • reduz risco de morte;

  • diminui internações;

  • melhora capacidade para caminhar;

  • alivia falta de ar;

  • devolve qualidade de vida ao paciente.

Cada medicação tem uma função. Elas não competem entre si, mas se complementam para formar uma rede contínua de proteção ao coração.

A importância do acompanhamento médico

A insuficiência cardíaca é uma doença crônica e pode mudar com o tempo. Por isso, consultas regulares são indispensáveis.

É nelas que o médico:

  • ajusta doses;

  • monitora exames;

  • orienta hábitos;

  • identifica sinais de alerta antes de pioras graves.

Quando o paciente entende a doença e segue o tratamento corretamente, as chances de complicações reduzem de forma impressionante.

Referências

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